domingo, 17 de dezembro de 2023

Novas descobertas sobre o dia do nascimento de Yeshua o Messias

 


Por: @judeusverdadeiros ​(última atualização: 17 dez 2023)

Após extensas pesquisas, alguns estudiosos como William J. Tighe – professor associado de História na Muhlenberg College, em Allentown, Pensilvâniaconcluíram que: a data de 25 de dezembro na verdade surgiu inteiramente a partir dos esforços dos primeiros cristãos para tentar determinar a data histórica do nascimento de Yeshua o Messias (Jesus Cristo) e que "a famosa festa do 'Nascimento do Sol Invicto' ”, possivelmente surgiu posteriormente em Roma, como uma tentativa de criar uma alternativa pagã para uma data que já era importante para a comunidade cristã primitiva. Ou seja: não foram os cristãos que se apropriaram e deram novo significado uma data festiva pagã, mas os pagãos é que tentaram, sem sucesso, se apropriar de uma data cristã! 

Nos escritos dos primitivos, podemos verificar que o Natal (dia do nascimento de Yeshua o Messias), em algumas comunidades – como na igreja de Jerusalém – era celebrado junto com a Epifania (6 de janeiro). Porém, também é fato que, no século IV, em muitas dioceses – a exemplo de Roma, Constantinopla e Antioquia – já era costume celebrar o Natal no dia 25 de dezembro. João Crisóstomo, bispo de Antioquia, fundamentava essa Tradição no cálculo sobre a data em que Zacarias recebeu o anúncio do Anjo Gabriel enquanto oficiava no Templo de Jerusalém (Patrologia Graeca, XLVIII, 752, XLIX, 351). Ou seja, a celebração do dia de Natal não tem nada a ver com a suposta substituição de festividades pagãs!

Como fazemos para estabelecer o dia do nascimento de Yeshua o Messias?
A contagem dos dias começa pelo anúncio do nascimento de João Batista. As Escrituras da Bíblia dizem:

“Nos tempos de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome Zacarias, da classe de ABIAS; sua mulher, descendente de Aarão, chamava-se Isabel. Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, NA ORDEM DA SUA CLASSE, coube-lhe por sorte, segundo o costume em uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume” (Lc 1,5.8-9).

Pois bem, mas quando era o turno da classe de Abias?

No Primeiro Livro de Crônicas (1Cr 24,1-7.19), está estabelecida a ordem das 24 classes sacerdotais. Cada uma das classes deveria servir duas vezes ao ano, por uma semana, de sábado a sábado. A ordem sorteada e imutável foi a seguinte:

1a.) Joiarib, 2a.) Jedei, 3a.) Harim, 4a.) Seorim, 5a.) Melquia, 6a.) Maimã, 7a.) Acos, 8a.) ABIAS, 9a.) Jesua, 10o.) Sequenia, 11a.) Eliasib, 12a.) Jacim, 13a.) Hofa, 14a.) Isbaab, 15a.) Belga, 16a.) Emer, 17a.) Hezir, 18a.) Afses, 19a.) Fetéia, 20a.) Ezequiel, 21a.) Jaquim, 22a.) Gamul, 23a.) Dalaiau, 24a.) Maziau.

Alguns irmãos se apegam a esta ordem, alegando que não corresponde a uma possibilidade de que o Natal fosse em dezembro, pois o ano religioso judaico, começando por volta de março, daria ao oitavo turno, provavelmente, o final do mês de junho, começo do mês de julho. Daí, fazendo os cálculos, Yeshua o Messias teria nascido em finais de setembro, inícios de outubro, pela festa dos Tabernáculos.

CONTUDO, ninguém se pergunta se a ordem dos turnos, nos tempos de Cristo, estava estabelecida exatamente assim. A pergunta é razoável, pois, desde os tempos da construção do Templo, o culto já havia sido interrompido diversas vezes, e um descompasso entre os turnos e o calendário poderia ter-se dado. E, por incrível que pareça, foi isso mesmo que aconteceu! É o que constatou Annie Jaubert, uma especialista francesa. Por outro lado, o especialista Shemarjahu Talmon, da Universidade Hebraica de Jerusalém, trabalhou sobre os escritos de Qumram e sobre o calendário do Livro dos Jubileus, e CONSEGUIU PRECISAR A ORDEM SEMANAL DOS 24 TURNOS. Na lista que o Prof. Talmon reconstruiu, O SEGUNDO TURNO DE ABIAS CORRESPONDIA AOS DIAS DE 24 A 30 DE SETEMBRO.

Portanto, quando Lucas recolhe essa indicação, sendo ele um atencioso narrador da história, nos dá a possibilidade de reconstruir a data histórica do nascimento de Yeshua o Messias.


AGORA, RESTA-NOS FAZER AS CONTAS.

  • O anúncio do nascimento de João Batista seria no dia 24 de setembro (no calendário ortodoxo, esta festa se celebra no dia 23 de setembro). NOTE-SE QUE ESTA FESTA É MUITO ANTIGA NA TRADIÇÃO DA IGREJA ORIENTAL;

  • seis meses depois, seria o anúncio do anjo Gabriel à Maria sobre a gravidez, no dia 25 de março (festa litúrgica da ANUNCIAÇÃO);

  • três meses depois, o nascimento de João Batista (dia 24 de junho, festa litúrgica do seu natal);

  • e seis meses depois, 25 de dezembro, o nascimento de Yeshua o Messias (Solenidade do Natal do Senhor).

Portanto, essas teorias de que o Natal surgiu para cristianizar a festa pagã do “SOL INVICTO”, do solstício de verão etc., não tem muito fundamento.

Mais importante ainda, não há nenhum registro histórico para uma celebração do Natalis Sol Invictus em 25 de dezembro antes de 354 d.C. depois de Cristo.

Dentro de um manuscrito iluminado do ano de 354 d.C, há uma entrada de 25 de dezembro de leitura "N INVICTI CM XXX." Aqui N significa “natividade”. Invicti significa “do Invicto”. CM significa “circenses missus” ou “jogos ordenados.” o XXX numeral romano é igual a trinta. Assim, a inscrição significa que trinta jogos foram encomendados para a natividade do Invicto para 25 de dezembro. Note-se que a palavra “sol” não está presente. Além disso, o mesmo codex também lista “Christus natus in Betleem Iudeae” no dia de 25 de dezembro. A frase é traduzida como “nascimento de Cristo em Belém da Judéia.”[3]

A data de 25 de dezembro só se tornou o “Aniversário do Sol Invicto” sob o imperador Juliano o Apóstata.

Juliano, o Apóstata que tinha sido um cristão, mas que havia apostatado e retornou ao paganismo romano. A história revela que ele foi um ex-imperador cristão odioso que erigiu um feriado pagão em 25 de dezembro. Pense nisso por um momento. O que ele estava tentando substituir? Estes fatos históricos revelam que o Sol Invicto não era provavelmente uma divindade popular no Império Romano. O povo romano não precisava ser tirado de um chamado “feriado antigo”. Além disso, a tradição de uma celebração em 25 de dezembro não encontra lugar no calendário romano até depois da cristianização de Roma. O feriado do “Aniversário do Sol Invicto” era pouco tradicional e pouco popular. A saturnália era muito mais popular, tradicional e divertida. Parece, antes, que Juliano, o Apóstata tinha tentado introduzir um feriado pagão, a fim de substituir o cristão! Ou seja, ao invés do cristianismo tentar copiar uma festa pagã, foram os pagãos que tentaram substituir uma festa Cristã.

Da vontade até de ri quando se fala que o filho de Deus não pode nascer no inverno mas vamos aos fatos, quem faz esta objeção acha que a palestina tem um inverno tal qual a Europa. Vale lembrar que a Palestina não é a Inglaterra, Rússia, ou Alasca. Belém está situada na latitude de 31.7. Dallas, no Texas tem latitude de 32,8, e ainda é bastante confortável do lado de fora em Dezembro. Como o grande Cornelio em uma Lapide observa durante sua vida, ainda se podia ver pastores e ovelhas nos campos da Itália durante o final de dezembro, e a Itália tem maior latitude que Belém.

Podemos ver no site do accuweather, um dos mais respeitados sites de meteorologia do mundo, que a temperatura média de Jerusalém no mês de Dezembro varia entre 10 e 20 ºC em todo o mês de Dezembro. Claro que estamos falando de 2015 anos de diferença, porém por projeção e sabendo que não houve uma drástica mudança climática em Jerusalém neste tempo, podemos afirmar que esta era a temperatura média que Maria e José enfrentavam quando Yeshua o Messias nasceu. Em outros locais com temperatura menor que esta, várias atividades são feitas normalmente, nada impediria pastores estarem com seus rebanhos no campo, mesmo levando em conta a temperatura mínima e mesmo que houvesse neve. Podem pesquisar como vários pastores cuidam e cuidavam de ovelha na neve.

A Bíblia confirma plenamente a capacidade de pastores estarem nos campos, vigiando seus rebanhos em dezembro. Refere-se especificamente que Jacó vigiava rebanhos de Labão pela geada do inverno à noite (Gn 31, 40). Pesquisem fotos de Belém no inverno como pode ser visto nas fotos pesquisadas, o clima é perfeitamente adequado para estar do lado de fora. Por isso, não há simplesmente nenhuma base para essa objeção.

O Natal é um feriado muito amado, celebrado por bilhões de pessoas em todo o globo. Só nos Estados Unidos, o Pew Research Center relata que cerca de 96% da população comemora o Natal, incluindo oito em cada dez não cristãos, incluindo ateus, agnósticos, e aqueles que não têm compromisso de fé (1). No entanto, o Natal também é uma festividade cristã única; sua mensagem central é sobre um Deus pessoal que toma sobre Si a humanidade e entra no mundo para redimir os seres humanos pecadores que nunca poderiam redimir-se. A mensagem cristã é inevitável.

Eu acredito que o amor do Natal juntamente com a aversão ao cristianismo é uma razão pela qual os ateus continuam a repetir a afirmação de que o Natal é uma redefinição de um feriado pagão romano. Dois dos feriados pagãos mais populares que apresentam são a celebração da Saturnália, que homenageava o deus romano Saturno, ou os dies natalis de Sol Invictus, que é o “Aniversário do Sol Invencível”. Estas celebrações eram realizadas na segunda quinzena de dezembro, tornando-as um pouco perto do Natal.

Olhando para a história de Natal

A alegação de que as raízes de Natal são pagãs são umas dessas estórias que ouço uma e outra vez, especialmente em dezembro. A ideia não é nova. Os puritanos da Nova Inglaterra, que valorizavam o trabalho mais que celebração, ensinou isso (2). O pregador puritano Increase Mather pregou que “os primeiros cristãos que guardavam a Natividade em 25 de dezembro não o faziam pensando que ‘Cristo nasceu naquele mês, mas porque a festa pagã da Saturnália era praticada naquela época manteve em Roma, e eles estavam dispostos a ter essas festas pagãs transformadas em festas cristãs'”.(3)

No entanto, quando estudamos a história verdadeira, vemos uma imagem muito diferente. Há duas maneiras de abordar a questão: uma é ver como o 25 de dezembro tornou-se associado com a Natividade, que é como a igreja primitiva teria referido o dia do nascimento de Cristo. A outra é olhar para as comemorações das Saturnálias e do Sol Invictus. Qualquer abordagem mostra a natureza dúbia da alegação de que Natal tem raízes pagãs. Grande parte do impulso da alegação de que o “Natal é pagão” repousa sobre a ideia de uma Roma cristianizada tentando converter uma população que não queria desistir de suas tradições de festas, semelhante à prática de igrejas que comemoram um “Festival da Colheita” em vez do Halloween. No entanto, estudiosos como TC Schmidt, da Universidade de Yale, estão descobriram que a data de 25 de dezembro é muito mais antiga na história cristã.

Ao traduzir o “Comentário de Daniel”, de Hipólito, escrito pouco depois de 200 d.C., Schmidt salienta que cinco dos sete manuscritos contêm 25 de dezembro como a data para o nascimento de Yeshua o Messias e outro oferece o dia 25 de dezembro ou março (4). Clemente de Alexandria, nesta mesma época, oferece a data de 25 de março como a data da encarnação, que é a concepção de Yeshua o Messias, em sua Stromata(1.21.145-146) (5). As duas obras afirmam a ideia de que a morte de Yeshua o Messias teria acontecido no mesmo dia que sua concepção.

Natal e Páscoa são ligadas

Esta é a chave para a data de 25 de dezembro. Como Thomas Tulley afirma em seu livro As Origens do Ano Litúrgico, havia uma crença dentro da igreja primitiva que a data da morte de Yeshua o Messias também iria refletir tanto o seu nascimento ou a sua concepção (6). Agostinho escreveu sobre isso, dizendo “É crido que ele foi concebido no dia 25 de março, dia em que também ele sofreu; de modo que o seio da Virgem, no qual ele foi concebido, onde ninguém dos mortais foi gerado, corresponde à nova sepultura na qual ele foi enterrado, na qual ninguém havia sido posto (Jo 19,41), nem antes nem depois dele. Mas ele nasceu, segundo a tradição, em 25 de dezembro”. (7)João Crisóstomo, em seus escritos, vai ainda mais longe, observando que o anúncio da concepção de Maria pelo Anjo Gabriel aconteceu enquanto Isabel estava grávida de seis meses com João Batista (Lucas 1,26). Crisóstomo afirma que o serviço de Zacarias foi no Dia da Expiação, fazendo assim a concepção de João Batista acontecer no outono. Adicione seis meses e a concepção de Yeshua o Messias cai na primavera, por exemplo, 25 de março. Eu não sei se este cálculo é historicamente exato, mas mostra o quanto a igreja primitiva unia os dois eventos. A ideia de escolher aleatoriamente uma data pagã parece uma ideia muito falha.

Aqui está o fato. Se os cristãos estavam reconhecendo o nascimento de Cristo até o início do terceiro século, faz sentido pensar que isto foi uma invenção do quarto século para convencer a população romana para abraçar o cristianismo? O cristianismo foi ganhando terreno na época de Clemente, mas de nenhuma maneira estava fora da sombra da perseguição. Ele também não estava emprestando muitos dos costumes pagãos na época. Então, por que acreditar que fariam isto com esta data?

A fim de obter um quadro mais completo, temos de olhar para os feriados romanos e suas histórias.

Fontes:

TIGHE. William J. Calculating Christmas. Site Touchstone

LATTIER, Daniel. The Myth of the Pagan Origins of Christmas. Site Intellectual Takeout

JAUBERT, Annie. Le calendrier des Jubilées et de la secte de Qumran. Ses origines bibliques, in Vetus Testamentum”. Suppl. 3 (1953) pp. 250-264.

JAUBERT, Annie. Calendario di Qumran, in Enciclopedia della Bibbia 2. (1969) pp. 35- 38.

JAUBERT, Annie. La date de la Cène,Calendrier biblique et liturgie chrétienne, Études Bibliques, Paris 1957.

TALMON, Shemarjahu. The Calendar Reckoning of the Sect from the Judean Desert. Aspects of the Dead Sea Scrolls, in Scripta Hierosolymitana. vol. IV, Jerusalém 1958, pp. 162-199.

FEDERICI. Tommaso. “25 dicembre, una data storica”. artigo da Revista “30 giorni”. 11/2000.

Referências

1. Mohammed, Besheer. “Christmas Also Celebrated by Many Non-Christians.” Pew Research Center. Pew Research Center, 23 de dezembro de 2013. Web. 14 de dezembro de 2015.http://www.pewresearch.org/fact-tank/2013/12/23/christmas-also-celebrated-by-many-non-christians/.

2. Schnepper, Rachel N. “Yuletide’s Outlaws.” The New York Times. The New York Times, 14 de dezembro de 2012. Web. 15 Dec. 2015. http://www.nytimes.com/2012/12/15/opinion/the-puritan-war-on-christmas.html?_r=0

3. Nissenbaum, Stephen. The Battle for Christmas. New York: Alfred A. Knopf, 1996. Print. 4.

4. Schmidt, T.C. “Hippolytus and the Original Date of Christmas” Chronicon.net. T.C. Schmidt. 21 de novembro de 2010. Web.http://web.archive.org/web/20130303163053/http://chronicon.net/blog/chronology/hippolytus-and-the-original-date-of-christmas 16 Dec 2015.

5. Schmmidt, T.C. “Clement of Alexandria and the Original date of Christmas as December 25th.”Chrinicon.net. T.C. Schmidt. 17 de dezembro de 2010. Web.http://web.archive.org/web/20120822053409/http://chronicon.net/blog/hippolytus/clement-of-alexandria-and-the-original-date-of-christmas-as-december-25th/ 16 de dezembro de 2015.

6. Talley, Thomas J. The Origins of the Liturgical Year. New York: Pueblo Pub, 1986. Print. 91ff.

7. Augustine of Hippo. On the Trinity, IV, 5. Logos Virtual Library. Trans. Arthur West Haddan. Darren L. Slider, n.d. Web. 16 de dezembro de 2015. http://www.logoslibrary.org/augustine/trinity/0405.html.

Image Courtesy Adam Clark and licensed via the Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 2.0 Generic (CC BY-NC-SA 2.0) License.

Fonte: http://apologetics-notes.comereason.org/2015/12/no-christmas-is-not-based-on-pagan.html


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

פָּרָשַׁת הַשָּׁבוּעַ ("Parashat HaShavua" - Porção Semanal da Torah) - 16 dez 2023 - (COMPLETA) Nº:10

Leia conosco estas porções da palavra de Deus que serão ouvidas nas sinagogas ao redor do mundo durante o serviço de Shabat (sábado) desta semana. Sabemos que você será abençoado(a)!

Leia também:

Parashat: מקץ Miketz ("No Final")

  • Shabat: 16 de dezembro de 2023 (4 de Tevet de 5784)
  • Torah: Gênesis 41:1-44:17; Num. 7:42-7:47; Num.28:9-15.
  • Haftarah: Zac 2:10-4:7.
  • Brit Chadashah (Novo Testamento): João 1:1-18; Rom. 10:1-13.

Benção antes do estudo da Torah (instrução) da Palavra de Deus (clique na imagem abaixo):


A Ascensão de José...

A Torá da semana passada (Vayeshev) contou como José, o filho favorito de Israel, foi cruelmente vendido como escravo por seus irmãos ciumentos por 20 moedas de prata. Contudo, Deus estava com ele, e logo ele foi promovido a supervisor da casa de seu senhor! Porém, quando José recusou mais tarde a sedução da esposa de seu senhor, ele foi injustamente jogado na prisão, embora logo tenha sido promovido para ajudar a administrar a prisão. Depois de interpretar com sucesso o sonho do administrador de vinhos preso do Faraó, José esperava ser libertado, mas o administrador se esqueceu de apelar por ele perante o Faraó.

No início da Parashah, José estava confinado na prisão há 12 anos, mas havia chegado a hora de ele realizar os sonhos que lhe foram dados quando jovem. A parashá começa:


No final de dois anos inteiros, o Faraó sonhou que ele estava perto do Nilo (Gênesis 41:1)

Dois anos depois que o administrador de vinhos foi libertado da prisão, o Faraó teve dois sonhos incomuns (em um, sete vacas magras devoraram sete vacas bem alimentadas, mas permaneceram magras; no outro, sete espigas finas de grãos engoliram sete espigas cheias, mas permaneceram afinar). O Faraó ficou perturbado e pediu aos seus mágicos e sábios que explicassem o seu significado, mas nenhum deles conseguiu fazê-lo. Então o administrador de vinhos lembrou-se de como José havia interpretado corretamente seu sonho há dois anos e prontamente contou ao Faraó, que rapidamente convocou José para comparecer diante dele.

Quando José foi informado dos dois sonhos do Faraó, ele explicou que o Egito experimentaria sete anos de prosperidade, seguidos de sete anos de fome (a repetição dos sonhos significava que o assunto era certo e os sete anos eram iminentes). Joseph recomendou ainda que uma pessoa sábia e com discernimento fosse nomeada para administrar a terra e armazenar alimentos para os próximos anos de dificuldades.

O Faraó ficou muito impressionado com as habilidades de José e imediatamente o nomeou vice-rei para supervisionar todo o projeto. Conferiu-lhe o anel de sinete real, adornou-o com roupas finas e colocou-o na carruagem do vice-rei. Ele também deu a José um nome egípcio (Tsofnat Paneach - "Decifrador de Segredos") e a filha de um sacerdote egípcio chamado Asenath como sua esposa (que mais tarde lhe deu dois filhos, Manassés ("Esquecimento") e Efraim ("Frutividade") ). Durante a noite, José foi tirado da masmorra e exaltado à direita do próprio Faraó! Ele tinha 30 anos quando subiu ao poder.

Durante os sete anos seguintes, José acumulou alimentos em abundância em armazéns por todo o Egito. Contudo, assim como ele predisse, começaram os sete anos de fome. José então abriu os armazéns e vendeu alimentos aos egípcios. As regiões vizinhas também sofreram com a fome mundial, e os seus habitantes vieram ao Egito para comprar alimentos.

Devido à fome, Jacó enviou todos os seus filhos (exceto Benjamim, o único sobrevivente de sua amada esposa Raquel) ao Egito para comprar comida. Visto que José era o governador do país, encarregado da distribuição de alimentos, os filhos de Jacó vieram e curvaram-se diante dele “com o rosto em terra”. José imediatamente os reconheceu (mas não o contrário) e os acusou de serem “espiões”. Os irmãos negaram a acusação, explicando os seus antecedentes familiares, e insistiram que estavam no Egito apenas para comprar comida. José então ordenou que trouxessem de volta seu irmão Benjamim para "provar" sua história e, depois de prendê-los por três dias, libertou 9 dos 10 irmãos (mantendo Simeão como "refém") até que mais tarde voltassem com Benjamim. Os irmãos então se lembraram do tratamento que dispensaram a José e atribuíram seus problemas atuais ao abuso que fizeram dele. Sem o conhecimento deles (já que não sabiam que ele entendia sua língua nativa, o hebraico), José entendeu a demonstração de teshuvá, afastou-se e chorou silenciosamente.

Antes dos irmãos partirem de volta para Canaã, José instruiu secretamente seus servos a devolverem o dinheiro dentro dos sacos de grãos. No caminho de volta para casa, os irmãos descobriram o dinheiro e temeram ser acusados de roubar os grãos. Quando chegaram em casa, contaram toda a provação a Jacó, que (apesar da condição de refém de Simeão) recusou terminantemente deixar Benjamim fazer a viagem de volta ao Egito com eles.

Quando o suprimento de grãos acabou, Rúben primeiro apelou a Jacó para assumir a responsabilidade por Benjamim, mas foi rejeitado (sem dúvida por causa de sua união incestuosa anterior com Bila, serva de Raquel e mãe de Dã e Naftali). Porém, quando as condições se tornaram insuportáveis, Judá procurou seu pai e jurou assumir a responsabilidade pessoal e eterna pelo bem-estar de Benjamim. Ao ouvir a promessa de Judá, Jacó finalmente cedeu e permitiu que ele voltasse com os outros irmãos para o Egito.

Ao chegarem ao Egito, os irmãos foram escoltados até a casa de José, onde apresentaram um presente de seu pai e novamente se curvaram diante dele. José então organizou um banquete e fez com que os irmãos se sentassem por ordem de nascimento – para sua surpresa. Ele também serviu a Benjamim 5 vezes a comida dos outros irmãos!

Na manhã seguinte à festa, enquanto os irmãos se preparavam para retornar a Canaã, José planejou um teste final para seus irmãos, ordenando a seus servos que mais uma vez enchessem seus sacos com seu dinheiro - e também colocassem a taça de prata de "adivinhação" de José no saco de Benjamin. Depois que os irmãos partiram para Canaã, eles logo foram alcançados e confrontados pelo mordomo de José, que (seguindo o roteiro de José) os acusou de roubar a taça. Eles (novamente) protestaram sua inocência e concordaram em ser revistados, mas a taça (plantada) foi encontrada no saco de Benjamin. Os irmãos então rasgaram suas roupas em tristeza e voltaram para apelar a José, onde mais uma vez caíram no chão diante dele e confessaram sua culpa diante de Deus (indicando assim a verdadeira teshuvá). A parashah termina quando Judá se ofereceu e a seus irmãos para serem escravos no lugar de Benjamim, mas José recusou e insistiu que apenas Benjamim seria feito escravo pelo "crime".

Em nossa porção da Torá para a semana de Chanucá, parashat Miketz, José interpretou com sucesso os sonhos do Faraó e rapidamente ascendeu ao poder político no Egito. Contudo, por causa de uma grande fome na terra de Canaã, seus irmãos foram ao Egito em busca de alimento. Um José disfarçado então testou seus irmãos para ver se eles eram as mesmas pessoas que o venderam insensivelmente como escravo, ou se eles haviam passado pela teshuvá (arrependimento).

José é tirado da escuridão de uma masmorra egípcia para interpretar os estranhos sonhos do Faraó. Em apenas um dia, José foi promovido da prisão para o palácio, e sua vida foi subitamente transformada das trevas para a luz.

Uma luz na escuridão

Como Miketz coincide com o Hanukkah ou o Festival das Luzes, a porção desta semana inclui uma Haftarah especial (leitura profética) sobre a visão do profeta Zacarias de uma grande Menorá. Ela diz:

“Ele me perguntou: ‘O que você vê?’ Eu respondi: ‘Vejo um candelabro de ouro maciço com uma tigela no topo e sete lâmpadas nele, com sete canais para as lâmpadas. Também há duas oliveiras perto dele, uma à direita da tigela e outra à sua esquerda.’” (Zacarias 4:2–3)

Duas oliveiras alimentam esta grande Menorá com azeite. As árvores são frequentemente consideradas uma referência a Josué, o Sumo Sacerdote, e Zorobabel, figuras religiosas e políticas. Mas como a profecia geralmente revela o presente e o futuro, e como as árvores nas Escrituras muitas vezes representam pessoas, essas duas árvores são vistas por alguns como representando os crentes judeus e os crentes gentios, filhos ungidos que têm lançado luz nas trevas por mais de 2.000 anos. Outros pensam que as duas árvores representam o Messias (o Renovo Justo do Senhor) e Ruach HaKodesh (Espírito Santo), que são “ungidos para servir ao Senhor de toda a terra”. (Zacarias 4:14) O Profeta Zacarias promete que as trevas que vêm do nosso pecado, que nos separa de Deus, serão dissipadas sobrenaturalmente em um único dia pelo Seu Renovo Justo.

“Vou trazer Meu servo, o Renovo. … e removerei o pecado desta terra em um único dia.” (Zacarias 3:8–9)

Vimos esta profecia se cumprir quando em um único dia o sacrifício de Yeshua tirou os pecados do mundo:

“Temos um Advogado junto ao Pai, Yeshua HaMashiach (Jesus, o Messias), o justo; e Ele é o sacrifício expiatório pelos nossos pecados, e não apenas pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro”. (João 2:1–2)

Deus também fala da operação sobrenatural do Ruach (Espírito Santo) para cumprir os planos do Senhor, como a construção do Segundo Templo por Zorobabel:

“Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: ‘Não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos.’” (Zacarias 4:6)

No Santo Santuário, a luz da Menorá tornou-se um símbolo da Presença Divina de Deus. Nesta época do ano, quando as noites de inverno são mais longas, sentimos mais intensamente a necessidade de luz. Algumas pessoas até experimentam o que foi denominado S.A.D. (Transtorno Afetivo Sazonal) – uma depressão específica causada pela deficiência de luz solar. Da mesma forma, quando atravessamos a “longa e escura noite da alma”, sentimos mais intensamente o desejo de ver até mesmo um lampejo de luz. O profeta Isaías escreveu sobre uma “Grande Luz” que um dia viria para tirar as pessoas das trevas sombrias: 

“No entanto, a escuridão não estará sobre aquela que está angustiada… O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; aqueles que habitavam na terra da sombra da morte, sobre eles brilhou uma luz.” (Isaías 9:1–2)

Quem é esta “grande luz” sobre a qual Isaías profetizou? A Luz viria na forma de uma criança, que eventualmente governaria as nações com retidão e justiça, sentada no trono de Seu pai, Davi, por toda a eternidade.

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; e o governo estará sobre Seus ombros e Seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento do Seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o Seu reino, para ordená-lo e estabelecê-lo com julgamento e justiça, daquele tempo em diante, para sempre.” (Isaías 9:6–7)

Yeshua HaMashiach (o Messias – o Ungido) disse:

 “Eu sou a Luz do Mundo. Quem Me segue nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)

Luz do mundo

Hanukkah é uma celebração da luz. Este alegre festival comemorava a salvação do povo judeu da opressão dos gregos que governaram o povo judeu de 332 a 164 aC. Foi uma salvação física e espiritual, uma vez que os judeus não foram apenas resgatados da perseguição, mas também libertados de um sistema religioso e cultural helenizado (grego) imposto. Eles lutaram pela liberdade de adorar o Único Deus Verdadeiro, de guardar Seus mandamentos e de observar os festivais como estão escritos na Torá. Embora não seja ordenado na Torá, o Povo Judeu honra a libertação do Templo Sagrado e a sua rededicação a Deus celebrando o Festival da Dedicação/Hanukkah. Yeshua celebrou o Hanukkah? A única referência nas Escrituras ao Hanukkah é encontrada no Brit Chadashah (Novo Testamento), e indica que Ele provavelmente guardou o festival. O Evangelho de João revela que Yeshua caminhou nos pátios do Templo durante o Hanukkah:

“Ora, era a Festa da Dedicação em Jerusalém e era inverno. E Yeshua caminhou no Templo, no pórtico de Salomão.” (João 10:22–23)

Enquanto Ele estava lá, alguns Lhe perguntaram diretamente se Ele era o Messias. Yeshua apontou as obras que Ele havia feito como prova, mas explicou que eles não acreditavam Nele porque não eram Suas ovelhas.

Nota: Esta Haftarah quase nunca é lida, uma vez que Miketz quase sempre coincide com o festival de Chanucá (com uma porção diferente lida como Haftarah). Ela está incluída aqui para seguir o cronograma tradicional de leitura da Torá-Haftarah.

O pano de fundo da Haftarah é a elevação de Salomão como Rei de Israel (e, portanto, como um tipo de Mashiach, como ben Elohim). Começa com um sonho em que o Senhor perguntou a Salomão qual presente ele mais desejaria, e Salomão respondeu: "Dá ao teu servo uma mente sensata para governar o teu povo, para que eu possa discernir entre o bem e o mal, pois quem é capaz de governar este seu grande povo?" Como ele escolheu sabiamente, o Senhor deu a Salomão sabedoria além daquela de qualquer pessoa que o precedeu ou que o seguiria, e também grandes riquezas e honras.

A Haftarah continua demonstrando a sabedoria do rei. “Então vieram duas mulheres 'zonot' (prostitutas) diante do Rei ...” Ambas as mulheres tiveram filhos recentemente, mas uma morreu durante a noite, e a mãe cujo filho havia morrido alegou que os bebês foram trocados. Agora cada mulher afirmava que o bebê vivo era dela e apelavam ao rei para resolver a questão. Salomão os chocou com seu veredicto (ou seja, cortar a criança viva em dois e dar metade a cada mãe), a fim de discernir pelas reações deles quem teria maior pena do bebê. A mãe que demonstrasse maior pena do filho era identificada como a verdadeira mãe e recebia o filho.

Na porção Brit Chadashah desta semana, Yeshua, o Messias, proclamou Sua missão como curar os corações quebrantados e libertar os cativos. Os versículos que Ele citou vieram diretamente do livro do profeta Isaías. 

“Então Ele veio para Nazaré, onde foi criado. E, como era seu costume, no sábado entrou na sinagoga e levantou-se para ler. E Ele recebeu o livro do profeta Isaías. E quando abriu o livro, encontrou o lugar onde estava escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres; Ele me enviou para curar os quebrantados de coração; Proclamar liberdade aos cativos e recuperação da visão aos cegos; Para libertar aqueles que são oprimidos; Para proclamar o ano aceitável do Senhor”. (Lucas 4:16–19; ver também Isaías 61:1)

Yeshua e Yosef (Jesus e José)

Muitos paralelos podem ser traçados entre Yeshua e José. A leitura do livro de Romanos diz respeito ao desejo do Apóstolo Paulo de ver todo o Israel chegar à fé salvadora em Yeshua como o Mashiach Prometido e Salvador do mundo.

A este respeito, é interessante notar alguns dos paralelos entre Yeshua e José como um “tipo” ou prenúncio da vinda do Mashiach de Israel. Aqui está uma lista parcial de sessenta (60) correspondências reveladas nas Escrituras:



1.
  • A mãe de José, Raquel, era estéril e sua gravidez foi resultado da intervenção direta de Deus (Gn 30:2).
  • A mãe de Yeshua, Maria (Miriam), era virgem e sua gravidez foi resultado da intervenção direta de Deus (Mateus 1:18).
2.
  • O nascimento do filho de Raquel removeria o opróbrio de Israel (Gn 30:23).
  • O nascimento de Yeshua foi para a glória do povo de Israel (Lucas 2:32). Yeshua também seria a Luz para as nações...
3.
  • O nome José (ou seja, yosef: יוֹסֵף) significa “que ele acrescente”, um jogo de palavras dado por Raquel para expressar sua esperança de ter mais filhos (Gn 30:24).
  • Jesus (Yeshua) significa “YHVH salva” e denota a libertação dos filhos de Deus. Através de Yeshua Deus acrescentaria filhos a Israel...
4.
  • José era o filho primogênito de Raquel, considerada “a” matriarca de Israel (Gn 30:23-24).
  • Yeshua era o filho primogênito de Maria (Miriam), considerada a matriarca da igreja (Lucas 2:7; João 19:26).
5
  • O nascimento de José marcou o fim do exílio de Israel da terra; após seu nascimento, seu pai Jacó deixou Labão e foi para a Terra Prometida (Gn 30:25).
  • O nascimento de Yeshua marcou o fim do exílio espiritual de Israel (Lucas 2:29-32).
6
  • Na tradição judaica, José é considerado o inimigo de Esaú (que era considerado a personificação do poder gentio e da opressão de Israel).
  • Yeshua venceu os poderes das trevas através da vitória da cruz. Ele é o "Matador de Serpentes", o inimigo final de Satanás e seus servos...
7
  • José era um jovem precoce que estava cheio de sonhos que lhe foram dados do céu (Gn 37:5-ss).
  • Yeshua estava no Templo discutindo a Torá com os sábios quando tinha apenas 12 anos (Lucas 2:42-51). Ele era uma criança precoce que estava cheia de sonhos com o céu.
8
  • José era “amado de seu pai” (Gn 37:3). Ele era ben yachid (בֵּן יָחִיד), pois Isaque era considerado por Abraão (veja a Akedah).
  • “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17; 17:5). Yeshua também é descrito como ben yachid, “unigênito” do Pai (João 1:14).
9
  • José era pastor (רוֹעֶה) (Gênesis 37:2).
  • Yeshua, o Messias, é chamado de "Bom Pastor" (הָרעֶה הַטּוֹב) (João 10:11).
10
  • José foi criado na Terra Prometida (Gn 37:2).
  • Yeshua foi criado na Terra Prometida (Mateus 2:23; 21:11; João 1:45).
11
  • José trouxe ao seu pai um mau relato sobre seus irmãos (Gn 37:2).
  • Yeshua testificou que o mundo O odiava porque as suas obras eram más (João 7:7).
12
  • Jacó amava José mais do que seus outros filhos (Gn 37:3).
  • Deus ama Yeshua, Seu Filho, de uma maneira única (João 3:35; 5:20; Mateus 17:5; Lucas 9:35).
13
  • José foi "ungido" por seu pai com uma túnica de várias cores (isto é, ketonet passim: כְּתנֶת פַּסִּים). (Gên. 37:3)
  • Yeshua foi ungido como Mashiach ben David (Hb 1:9; Salmo 45:7; veja abaixo).
14
  • José previu-se profeticamente como o libertador de Israel e o salvador do mundo (Gn 37:5-11).
  • Yeshua se entendia como o Salvador de Israel e do mundo (João 6:35; 8:12).
15
  • Os irmãos de José o odiavam e não conseguiam falar gentilmente com ele (Gn 37:4).
  • Yeshua foi odiado sem causa e repetidamente “testado” pelas autoridades religiosas (João 1:11; 15:25).
16
  • José era um sonhador e um profeta desprezado por seus irmãos (Gn 37:5-10).
  • Yeshua pregou a mensagem de salvação através da Sua visão do reino – e foi desprezado (João 5:18; 7:1; 8:6; Mateus 16:1, etc.).
17
  • Os irmãos de José recusaram seu governo (Gênesis 37:8).
  • Yeshua comparou Sua rejeição pelos líderes religiosos com o significado: “Não queremos que este homem nos governe” (Lucas 19:14).
18
  • Os irmãos de José o invejaram (Gênesis 37:11).
  • Foi por inveja (קִנְאָה) que os principais sacerdotes o entregaram para ser morto (Marcos 15:10).
19
  • José foi “enviado por seu pai” (Gn 37:12-14).
  • Yeshua enviado por Seu Pai (João 5:30-36; 6:57; 8:18,42; Gálatas 4:4; 1 João 4:9, etc.).
20
  • Os irmãos de José conspiraram para matá-lo (Gn 37:18).
  • Os principais sacerdotes e os anciãos do povo conferenciaram contra Yeshua a fim de provocar a sua morte (Mateus 27:1).
21
  • Os irmãos de José não acreditaram nele (Gn 37:19-20).
  • Os irmãos de Yeshua não acreditaram Nele (João 1:11; 3:18, João 3:36, etc.).

22
  • Os irmãos de José despiram-lhe a túnica e zombaram dele (Gn 37:19,23).
  • Eles o despiram e vestiram-no com um manto escarlate (Mateus 27:28).
23
  • Os irmãos de José lançaram-no numa cova, símbolo do túmulo (Gn 37:24).
  • Yeshua foi lançado numa cova (Zacarias 9:11; Mateus 12:40; Mateus 27:59-60).
24
  • Os irmãos de José comeram insensivelmente enquanto ele sofria na cova (Gn 37:25).
  • Israel comeu a refeição pascal enquanto Yeshua estava na cova (João 13:1).
25
  • Judá promoveu a ideia de que a vida de José deveria ser resgatada (Gn 37:26-27).
  • Yeshua nasceu na tribo de Judá e se tornou o Redentor do mundo.
26
  • Os irmãos de José o venderam por siclos de prata (Gn 37:28).
  • “Eles pagaram a ele (Judas) trinta moedas de prata” (Mateus 26:15).
27
  • José foi levantado do poço (Gênesis 37:28).
  • Yeshua foi ressuscitado dentre os mortos (Mat. 28:6; Marcos 16:16; Lucas 24:6; João 20:1-17; etc.).
28
  • José foi vendido como escravo antes de ser promovido à glória (Gn 37:28).
  • Yeshua assumiu a forma de um servo sofredor antes de Sua exaltação (João 13:12-17; Mateus 20:25-26; Marcos 10:43; Filipenses 2:6-9, etc.).
29
  • José foi levado ao Egito para evitar ser morto (Gn 37:28).
  • Yeshua foi levado ao Egito para evitar a ira insana de “Herodes, o Grande” (Mateus 2:13-14).
30
  • A túnica de José estava coberta de sangue (Gn 37:31)
  • O manto de Yeshua estava coberto de sangue. (Marcos 15:17-20; Mateus 27:28-31). Yeshua nos redimiu do julgamento ao derramar Seu sangue pelos nossos pecados (1 Coríntios 6:19-20; Atos 5:31; 1 Pedro 3:18; Romanos 5:6-8, 2 Coríntios 5:21; Gál. 3:13, etc.).
31
  • José tornou-se escravo na casa de Potifar (Gn 39:1)
  • Yeshua assumiu a forma de um servo sofredor antes de Sua exaltação (João 13:12-17; Mateus 20:25-26; Marcos 10:43; Fil. 2:6-9, etc.)
32
  • O Senhor esteve com José em sua humilhação e o fez prosperar (Gn 39:2).
  • Yeshua cresceu em sabedoria e favor (Lucas 2:40); Ele sempre fez as coisas que agradavam ao Pai (João 8:29).
33
  • José foi nomeado superintendente (Gênesis 39:4).
  • Yeshua é o Pastor e Superintendente (מַשְׁגִּיחַ) de nossas almas (1 Pedro 2:25; João 3:35; Mateus 28:18).
34
  • José foi tentado, mas não pecou (Gn 39:7-10).
  • Yeshua foi tentado de todas as maneiras, mas não tinha pecado (Hebreus 2:18; 4:15; 2 Coríntios 5:21; 1 João 3:5).
35
  • José foi falsamente acusado e de fato a Torá não atribui nenhum pecado a ele (Gn 39:11-20; 40:15).
  • Yeshua foi falsamente acusado pelas autoridades religiosas (Lucas 23:4;14-15; João 18:38; 19:4; Hebreus 7:26; 1 Pedro 2:22; 1 Pedro 3:18).
36
  • O acusador legal de José (Potifar) provavelmente acreditou em sua inocência, mas perverteu a justiça para “salvar a face”.
  • Yeshua foi injustamente condenado pelo procurador romano Pilatos, que acreditou em sua inocência, mas o sentenciou à morte para "salvar a face".
37
  • José não fez nenhuma defesa perante as autoridades gentias (Gn 39:19-20).
  • “Ele o interrogou longamente, mas ele não respondeu” (Lucas 23:9; Mateus 27:14; Atos 8:32; Is 53:7; etc.).
38
  • José foi preso com outros dois criminosos (Gn 40:2-3).
  • "Dois outros também, que eram criminosos, foram levados para serem executados com ele." (Lucas 23:32; Mateus 27:38; Marcos 15:27; João 19:18).
39
  • José era um profeta que sabia interpretar sonhos (Gn 40:5-41:32).
  • Yeshua era um profeta que poderia revelar o que estava escondido no coração (João 4:19,29).

40
  • José foi cheio do Espírito de Deus (רוּחַ אֱלהִים) e de grande sabedoria (Gn 41:38-39).
  • Deus ungiu Yeshua com o Espírito Santo e com poder (Atos 10:38; Mateus 3:16-4:1; Lucas 4:1; etc.). Ele estava cheio de sabedoria e verdade.
41
  • José foi finalmente vindicado e exaltado por todo o mundo (Gn 41:40-42).
  • “O Filho do Homem está sentado à direita do Poder” (Mateus 26:64; Atos 7:56; 1 Pedro 3:22; Efésios 1:18-20, etc.).
42
  • José foi levantado da cova e recebeu linho fino e ouro (Gn 41:42).
  • Yeshua foi revestido com sua glória pré-encarnada após a ressurreição (Mt 17:1; Ap 1:13-17; Dn 10:5-6).
43
  • O Faraó ordenou aos arautos reais que andassem na frente da carruagem de José (merkavah) gritando, avrekh! (אַבְרֵךְ) - "dobre os joelhos!" (da raiz berekh, joelho). (Gên. 41:43)
  • Todo joelho se dobrará diante de Yeshua, o Messias (Isaías 45:23; Romanos 14:11; Filipenses 2:9-11).
44
  • José recebeu uma noiva estrangeira (אָסְנַת) (Gn 41:45).
  • Os seguidores de Yeshua são chamados de “Noiva do Messias” e são provenientes de todas as tribos e línguas (João 6:37; Ap 22:17, etc.).
45
  • José foi chamado de Tzofnat Pane'ach (צָפְנַת פַּעְנֵחַ), ou seja, "Decifrador de Segredos" de acordo com Targum Onkelos (Gen. 41:45).
  • Yeshua revelou o Pai (João 1:18); Ele é o revelador das “coisas ocultas” (Mateus 13:10-13;35). Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria (Colossenses 2:3).
46
  • José tinha 30 anos quando iniciou seu ministério público no Egito (Gn 41:46).
  • Yeshua tinha 30 anos quando começou Seu ministério público em Israel (Lucas 3:23).
47
  • José tornou-se o doador de pão ao mundo (Gn 41:55).
  • Yeshua é Lechem Ha-Chayim, o “Pão da Vida” (João 6:35,48-58).
48
  • José testou seus irmãos como um egípcio disfarçado, e eles não o reconheceram (Gn 42:8).
  • Yeshua é um egípcio disfarçado – uma pedra de tropeço e rocha de ofensa (Is 8:14; Rm 9:33). Um “endurecimento parcial” caiu sobre Israel (Romanos 11:25-26).
49
  • Judá intercedeu em favor do filho de Israel, Benjamim, perante José (Gn 43:9; 44:16-34).
  • 1) Yeshua um dia intercederá (como Mashiach ben David) em nome de Israel (a conexão do Yom Kipur do Fim dos Dias); 2) O povo judeu finalmente se arrependerá e se voltará para Yeshua como seu Salvador.
50
  • Depois de testar seus irmãos para ver se eles se submeteram à teshuvá, José finalmente se revelou (Gn 45:1-4).
  • Durante a Grande Tribulação, Yeshua abrirá os olhos de Israel para que finalmente O reconheçam (Lucas 13:35; Mateus 24-25).
51
  • José foi revelado aos seus irmãos como o salvador de Israel (Gn 45:1-15).
  • Yeshua é o verdadeiro Salvador de Israel (Atos 13:23; 2 Timóteo 1:10; Isa. 43:11). Israel receberá Yeshua em Sua segunda vinda (Zacarias 12:10; João 19:37; Romanos 11:26; Isa. 59:20, etc.).
52
  • José tornou-se o salvador do mundo inteiro (Gn 45:7).
  • Deus enviou seu único Filho ao mundo para que pudéssemos ter vida através dele (João 4:42; 1 João 4:14). A salvação, em última análise, significa redenção da maldição do pecado e da morte.
53
  • José estava “vivo dentre os mortos” para Israel (Gn 45:26-28).
  • "Por que você procura o vivo entre os mortos? Ele não está aqui, mas ressuscitou." (Mat. 28:6; Marcos 16:16; Lucas 24:6; João 20:1-17; etc.).
54
  • Judá liderou o caminho de Israel de volta à terra prometida de Gósen (Gn 46:28).
  • Yeshua como Mashiach ben David conduzirá Israel à nova terra prometida.
55
  • José levou Israel perante o Faraó e Jacó abençoou o Faraó (Gn 47:7).
  • Yeshua um dia trará Israel diante do Pai - e Israel então abençoará o Nome do Senhor em verdade (1 Coríntios 15:28).
56
  • Através da sua fé, José conquistou o mundo inteiro (Gn 47:23).
  • No Reino Milenial, Yeshua será o Senhor indiscutível do mundo (Ap 20:2-6; Zc 8:3; 14:8; Is 2:3; Miquéias 4:2; etc.).
57
  • José foi coroado com glória e honra (Gn 41:39-45).
  • Yeshua foi coroado com glória e honra por causa do sofrimento de Sua morte em nome de Seu povo (Hb 2:9; Fp 2:6-11, Mt 28:18, etc.).
58
  • Jacó adotou irrevogavelmente os dois filhos de José, Efraim e Manassés, na família (Gn 48:3-6). Josué, sucessor de Moisés, era descendente de Efraim...
  • Yeshua predisse que haveria um pastor para um rebanho (João 10:16). Em última análise, haverá uma oliveira que representa o povo redimido de Deus, composto tanto por judeus como por gentios (Romanos 11:17-26).
59
  • Os descendentes (gentios) de José foram incorporados à comunidade étnica de Israel como duas grandes tribos de Israel (Gn 48:1-5).
  • Os seguidores de Yeshua são incorporados às alianças e bênçãos do Israel étnico (Efésios 2:12-14).
60
  • José recebeu a bênção do filho primogênito (Gn 49:22-26).
  • Yeshua é o “primogênito da criação” que tem preeminência sobre todos os outros profetas, sacerdotes, reis, anjos (Heb. 1; Colossenses 1:16-18).
Na época em que José foi libertado da prisão para servir ao Faraó, ele tinha 30 anos, assim como Yeshua tinha 30 anos quando começou Seu ministério público a serviço do Rei. Além disso, a aparência e a personalidade de José mudaram tanto durante sua estada no Egito, que seus irmãos não o reconheceram mais. Eles ficaram bem na frente de José, buscando a salvação da fome que só ele poderia proporcionar, e ainda assim não tinham ideia de que ele era seu irmão. Da mesma forma, os irmãos e irmãs judeus de Yeshua hoje têm diante de si as Escrituras que revelam quem Ele é, e ainda assim são incapazes de reconhecê-lo como seu Messias judeu. Uma razão para esta cegueira moderna é a forma como Yeshua tem sido retratado pelos cristãos ao longo dos séculos: Ele parece ter deixado de ser o judeu praticante que guardava fielmente os mandamentos de Deus na Torá e, em vez disso, foi rotulado pelos gentios' como "Deus." A identidade de Yeshua mudou tanto que a grande maioria do povo judeu não consegue imaginar que este “Jesus” possa ser o Mashiach (Messias) judeu por quem eles têm esperado, desejado e rezado durante mais de 3.000 anos. No entanto, o Profeta Zacarias nos disse que um dia todo o povo judeu O reconhecerá:

“E derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e súplicas de misericórdia, para que, quando olharem para mim, para aquele a quem traspassaram, chorem por ele, como quem chora por um filho único, e chore amargamente por Ele, como quem chora pelo primogênito”. (Zacarias 12:10)

Hoje, milhares de irmãos e irmãs de Yeshua estão a compreender quem Ele realmente é: são conhecidos como Judeus Messiânicos e a sua busca pelo Messias das Escrituras terminou. Estes “judeus restaurados” (restaurados na oliveira de Romanos 11) estão constantemente a ganhar reconhecimento como uma seita legítima do Judaísmo em Israel e no mundo. Por favor, ore para que o resto do povo judeu reconheça Yeshua (Jesus) na profecia messiânica de Zacarias ao ouvirem sobre o Ramo Justo neste Shabat e a promessa de que o pecado será removido em um único dia. Então eles também poderão legitimamente chamar-se judeus completos!

Assim como José foi finalmente revelado ao povo judeu como um mashiach e salvador (embora inicialmente o tivessem traído e rejeitado), o povo judeu também verá que Yeshua é de fato o prometido Mashiach judeu e o Salvador do mundo. Então se tornará realidade a esperança de Rav Sha'ul (o Apóstolo Paulo), que escreveu: "E assim todo o Israel será salvo: como está escrito: Sairá de Sião o Libertador que afastará a impiedade de Jacó" ( Romanos 11:30). Para mais informações, consulte “Mashiach ben Yosef”.

Aspecto Duplo do Mashiach

O Tanakh contém visões aparentemente conflitantes do Mashiach como o Libertador de Israel. Por um lado, o Messias é retratado como vindo em grande triunfo “nas nuvens” (Daniel 7:13), mas por outro ele vem montado num jumento, humilde e modesto (Zacarias 9:9). Este “aspecto duplo” do Messias levou à ideia de que haveria dois Messias:
Messias ben Joseph e Messias ben David.


Messias filho de José (Mashiach ben Yosef)

O Messias Sofredor (José [Gen. 37-50] prefigura). O Messias da casa de José. Uma das duas figuras messiânicas descritas nas tradições orais do Judaísmo. Mashiach ben Yosef é considerado um precursor e arauto do libertador final, Mashiach ben David. Mashiach ben Yosef sofre pelos pecados de Israel (Isaías 53). Os cristãos veem Yeshua como o cumprimento de Mashiach ben Yosef no Tanakh e na tradição oral. Yeshua, o Messias em Sua primeira vinda, é o Servo Sofredor.

Citações:

“O Messias, filho de José, foi morto, como está escrito:“ Eles olharão para mim, a quem traspassaram; e chorarão por ele como quem chora por seu único filho” Zac. 12:10 (Suk. 52a)

O Talmud explica: “O Messias – qual é o seu nome? Aqueles da casa do santo Rabi Yuda dizem, o doente, como é dito: ‘Certamente ele carregou nossas doenças’. (Sinédrio 98b)

Referindo-se a Zac. 12:10-12, "R. Dosa diz: '(Eles lamentarão) pelo Messias que será morto.' " (B. Suk. 52a; também Y. Suk. 55b)

"Mas ele foi ferido... o que significa que, uma vez que o Messias carrega as nossas iniquidades que produzem o efeito de ser ferido, segue-se que quem não admitir que o Messias sofre assim pelas nossas iniquidades, deve suportá-las e sofrer por elas ele mesmo" (Rabino Elias de Vidas)

Messias filho de Davi (Mashiach ben Davi)

O Rei Messias governante (prefigura o Rei Davi). O termo Mashiach não qualificado sempre se refere a Mashiach ben David, um descendente do Rei Davi, da tribo de Judá, que reunirá os exilados, estabelecerá o templo e libertará Israel de todos os seus inimigos. Os cristãos acreditam que Yeshua, o Messias, em Sua segunda vinda, cumprirá completamente esta descrição de Mashiach ben David.

Citar:

Hoje, podemos ver com os nossos próprios olhos como a visão do Profeta Ezequiel, descrevendo o renascimento do Povo Judeu e a reunião dos exilados em Eretz Yisrael, está a ser cumprida. É verdade que estamos agora a meio do processo. Ainda estamos em fase de cristalização como nação....

No entanto, o nosso olhar também deve ser direcionado para o futuro e o fim dos dias, a era de Mashiach ben David. Nessa altura, a questão do nacionalismo limitado passará e nós também nos voltaremos para a humanidade no seu conjunto, servindo como uma luz para as nações. Na verdade, todos os dias oramos: “Faça florescer rapidamente a descendência do teu servo Davi”. (Rabino Dov Begon)

Yeshua é Mashiach ben Yosef e Mashiach ben David

Como cristãos, acreditamos que Yeshua é tanto Mashiach Ben Yosef (o servo sofredor - na Sua primeira vinda) e Mashiach Ben David (o Rei reinante - na Sua segunda vinda)
[veja Isaías 52:13-15 - 53:12, Salmo 22]). Ele também é o Profeta, Sacerdote e Rei Ungido, conforme prefigurado por outros m'shichim no Tanakh.

David Brown (da AMF International) escreve:

É muito comum que os opositores judeus apontem que “Jesus não cumpriu todas as profecias”, e desprezem a sugestão de que algumas profecias são para um tempo posterior e serão cumpridas na “segunda vinda”. O fato, porém, é que as profecias sobre o Messias são de dois tipos aparentemente mutuamente exclusivos, como se estivessem falando de dois Messias diferentes. Os estudos judaicos referem-se ao Messias ben-David e ao Messias ben-Yosef. Um é o Messias positivo e vitorioso que inaugura um reino de paz, o outro é um servo sofredor (como em Isaías 53). A tendência popular é pensar apenas em Ben-David e ignorar Ben-Yosef, mas a visão messiânica/cristã considera ambos numa só pessoa. Curiosamente, essas duas linhagens proféticas têm o nome de Davi e José, os quais sofreram primeiro e saíram vitoriosos no final. José nos é apresentado com sonhos de grandeza, mas ele foi perdido para Israel na verdade considerado morto antes que seus sonhos se tornassem realidade. Eventualmente, porém, ele teve uma “segunda vinda” quando voltou para a vida de seus irmãos que uma vez o rejeitaram. Então eles se curvaram diante dele e ele se tornou o salvador de seu povo, sustentando-o em tempos de fome. Davi também, embora ungido como Rei em sua juventude, no que diz respeito a Deus, foi rejeitado pelo atual Rei e viveu como fugitivo por muitos anos antes de finalmente se tornar o Rei de Israel por excelência. Ambas estas figuras históricas, que a tradição judaica reconheceu como sendo protótipos do Messias, chegam no meio de promessas, são derrubadas e finalmente emergem em glória. O Messias definitivo não deveria seguir o mesmo padrão?