sábado, 8 de julho de 2023

A homosexualidade pode ser comparada a escravidão na Bíblia para ser re-interpretada e aceita como "permitida"?

Não. A homossexualidade é condenada tanto no Antigo quanto no Novo testamento. 

E veja o que de fato a Bíblia diz sobre a Escravidão:

A escravidão não faz parte do plano de Deus. Cada pessoa é criada à imagem e semelhança de Deus e deve ser tratada com amor e respeito. Mas a Bíblia também reconhece que a escravidão existe e defende a dignidade dos escravos.

Quem ama a Deus deve lutar contra a opressão (Isaías 58:6). Diante de Deus todos somos iguais. Uma pessoa não é um objeto que pode ser vendido e abusado. A Bíblia nos ajuda a ver os outros como nossos irmãos. Quando isso acontece, a resposta natural é libertar da escravidão.

Paulo escreveu para Filemom em favor do escravo Onésimo. Paulo explicou que, em Jesus, Onésimo era irmão de Filemom e deveria ser tratado como tal. Paulo recomendou libertar Onésimo e mandou Filemom tratá-lo como se fosse o próprio apóstolo Paulo! - Filemom 1:15-17

A escravidão era parte da realidade do tempo de Jesus. Os apóstolos exortaram os escravos serem exemplos de trabalho e dedicação mas também avisaram os senhores a tratar os escravos com respeito e dignidade. Quem pudesse era encorajado a conseguir sua liberdade (1 Coríntios 7:21-23).

Ao longo dos séculos, a Bíblia tem sido usada tanto para defender como para abolir a escravatura. A carta a Filemom inspirou muitos senhores cristãos a libertar seus escravos. Muitos escravos encontraram esperança nas palavras da Bíblia.

Leis sobre escravidão no Velho Testamento

Deus permitiu a escravidão em algumas situações em Israel. Em outros povos, escravos não tinham nenhuma proteção. Mas os escravos em Israel tinham direitos e deveriam ser tratados com dignidade. As leis sobre escravos em Israel eram radicais e progressistas:

  • Um escravo deveria ser libertado no sétimo ano de escravidão; só seria escravo a vida inteira quem escolhesse ser – Êxodo 21:2
  • Quando fosse libertado, o dono do escravo deveria lhe dar sustento para o ajudar a começar a viver em liberdade – Deuteronômio 15:12-14
  • Escravos tinham direito a folga no sábado e nas festas religiosas, assim como pessoas livres
  • Quem causasse danos físicos tinha de libertar seu escravo em compensação; se um senhor matasse seu escravo, seria punido – Êxodo 21:26-27
  • Escravas não poderiam ser usadas como prostitutas e uma escrava que se tornasse esposa tinha direito de proteção a vida toda
  • Raptar alguém para vender como escravo era punido com morte; essa lei destruía o negócio do tráfico humano – Êxodo 21:16
  • Um escravo poderia ser resgatado por um parente; em algumas situações o próprio escravo conseguia pagar seu resgate
  • Se um escravo fugisse, não deveria ser entregue ao seu senhor contra sua vontade nem receberia punição – Deuteronômio 23:15-16
  • Escravos de outros povos não tinham o direito de ser libertados no sétimo ano mas tinham todos os outros direitos

A escravatura não era um grande negócio em Israel. Um escravo podia até ter uma vida melhor que uma pessoa livre. Alguns escravos de confiança eram adotados e recebiam herança (1 Crônicas 2:34-35). As únicas situações em que alguém poderia se tornar um escravo eram:

  • Por dívida – se alguém não conseguisse pagar, poderia vender seu trabalho, se tornando escravo de outra pessoa até quitar a dívida
  • Por pobreza – quem não conseguia se sustentar poderia se vender como escravo; o senhor tinha o dever de garantir suas necessidades básicas
  • Por nascimento – o filho de um escravo era escravo (mas todos os escravos acabavam por ser libertos depois de alguns anos)
  • Como prisioneiro de guerra – pessoas capturadas poderiam ser escravizadas (mas com todos os direitos listados acima)

O objetivo dessas regras era garantir que todos tivessem sustento e segurança, mesmo em tempos de pobreza. Quase todos os escravos teriam a oportunidade de alcançar a liberdade. Infelizmente, o povo hebreu não obedeceu sempre a essas regras e muitos abusos aconteceram, contra a vontade de Deus (Jeremias 34:17).

Leia mais em:

https://www.respostas.com.br/o-que-a-biblia-diz-sobre-escravidao/

Para concluir: Deus busca a santidade nos relacionamentos, ou seja: na forma mais pura possível, o ato sexual deveria ser apenas para: gerar a vida! Em diversas passagens do Antigo e do Novo Testamento a virgindade e castidade é admirada entende? Espero que tenha ficado claro que: lendo corretamente o Novo Testamento não existe espaço para interpretação em que Deus permita a imoralidade sexual, onde a "moralidade sexual" estaria neste contexto entende?

Sobre a homofobia ou discriminação de pessoas: certamente é um crime. Mas não estamos falando aqui sobre discriminar pessoas e sim o comportamento, ou seja "o pecado" né? 

Por exemplo: 

  1. fumar é um comportamento (que neste exemplo pode ser substituio por qualquer outro comportamento "aceito" mas que você não goste, mas outra pessoa pode gostar por exemplo: "prostituição", "beber alcool", "realizar experimentos científicos que causam sofrimentos em animais"...etc.
  2. o fumante é uma pessoa (assim como pode ser substituido por a pessoa que pratica outro comportamento que talvez você não goste).

Eu posso gostar do fumante(2) e achar que o comportamento dele(1) seja errado concorda? 

Agora se o fumante(2) ou qualquer outra pessoa quiser impor que o comportamento dele(1) seja o certo contra a minha crença, então aí já se trata de DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA que também é CRIME né?

O que diz o Código Penal sobre o crime de discriminação religiosa?

"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa.

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